Ainda estava a saborear a publicação da Mulher Fantásticaaspalavrasnuncatedirei.blogs.sapo.pt/97243.html quando recebi um convite para uma co-autoria de um livro com uma pessoa multifacetada que é professor, pintor, escritor e é ainda responsável por uma empresa de publicidade no Rio de Janeiro, Marco. A ideia deste livro “luso-brasileiro” é espelhar a sensibilidade das Mulheres, de todas as mulheres que queiram colaborar connosco e que queiram partilhar a sua opinião. Não é necessário, que seja o amor homem/mulher, o que interessa é que seja Amor. Pelos filhos, namorado, marido, amante, natureza, vida... A intenção é recolher, pelo menos, mil frases (sim, leram bem) mil frases femininas sobre este sentimento. Desta forma nasceria uma colectânea com a visão de diferentes mulheres: as mais novas, as adolescentes, as de meia-idade, s conservadoras, as modernas, as radicais, as solteiras, casadas, divorciadas, enamoradas… enfim, a lista poder-se-ia prolongar. Já repararam que há o livro das 1000 Ideias Para Confeccionar Bacalhau, 1000 Receitas de Carne, 1000 Receitas de Peixe, 1000 Receitas da Cozinha Portuguesa 1000 Perguntas de Marketing, 1000 Lugares Para Conhecer Antes de Morrer, 1000 Tatuagens, 1000 Canções e Acordes de Guitarra, os 1000 Heróis de Jogos de Vídeo, 1000 Perguntas e Respostas, 1000 Perguntas Sobre Futebol, 1000 Exercícios de Preparação Física…a lista é interminável, falta apenas As Mulheres e o Amor – 1000 Frases Apaixonadas. Assim sendo venho solicitar a todas as meninas e mulheres que diariamente passam por aqui a vossa colaboração neste projecto. Basta que enviem para sandra_sofiabarbosa@sapo.pt uma frase sobre o amor e coloquem a vossa profissão, idade e o nome (se assim o desejarem). A todas, desde já, o meu muito obrigada pela participação.
“Cuidado com o que desejas… pode tornar-se realidade”…
E aqui está o livro Mulher Fantástica. Obrigada, de coração, a todos os que tornaram este livro possível. Obrigada ainda a todas as pessoas que fazem parte das histórias deste blogue e deste livro. Deixo ainda um beijo muito especial para aqueles que estiveram presentes na sessão de lançamento do livro: os Pantufinhas, a minha mãe, o Hugo, a Antónia, a Rute, Salomé, a Maria João, a Inô, o Herlander, a Lúcia, a Dina, o Diogo, a estupefacta.blogs.sapo.pt/ e a sua doce Maria gostodeviver.blogs.sapo.pt/,o visitante.blogs.sapo.pt/, agrilinha.blogs.sapo.pt/. Agradeço ainda a todos os amigos que não puderam estar presentes, mas que me fizeram chegar o seu apoio e o seu carinho por telefone, sms, mail.
Caríssimos visitantes e amigos da blogosfera: o livro já se encontra no "forno" e já estão a ser dados os retoques finais. Gostaria muito de ter a vossa participação também neste projecto e desta forma venho convidar-vos a deixar um comentário, uma opinião aos meus textos, para que possam ser incluídos nas páginas do livro. Sem a vossa presença e participação, esta edição teria sido impossível, por isso gostaria muito de contar com as vossas palavras. Inspirem-se... eu fico à espera! Desde já, muito obrigada pela disponibilidade. Beijinhos, fiquem bem.
Quando o discipulo estiver pronto o Mestre aparece”. Esta foi sempre a máxima que tive em mente no que diz respeito à publicação dos textos do blog. Com muita frequência os meus visitantes diziam que eu deveria transformar os posts em páginas de um livro, ao que sempre respondi que esse era um dos sonhos que tencionava, um dia, poder vir a realizar. Pois é, meus amigos da blogosfera, parece que esse dia finalmente chegou e o meu coração já não cabe no peito de tanta felicidade. Recentemente recebi a visita de uma Coordenadora Editorial que me disse que gostava da forma como escrevia e deixou nos comentários o seu endereço electrónico para a poder contactar. Foi com as mãos a tremer que lhe enviei o e-mail com os meus dados, foi com a voz embargada que marquei a reunião e foi com os olhos a brilhar que ouvi o «-Sim, vamos publicar». Agora estamos na fase da operacionalização deste projecto, por isso um dia destes terei o prazer de vos convidar para o lançamento do livro. Não posso deixar de agradecer às inúmeras pessoas que diariamente passam por aqui e me deixam os seus comentários, os seus elogios ao que escrevo e retribuir-lhes esse carinho. A vossa simpatia fez sempre com que a minha vontade de escrever fosse maior, e o vosso incentivo nunca me fez deixar de editar posts. A todos, de coração, o meu muito obrigada.
Descobri um livro fantástico de Inês Borges Taveira, Os meus pais estão separados mas não de mim, que me tem ajudado a abordar a temática do divórcio com os pantufinhas, assim como me tem ajudado a explicar as transformações familiares, sociais, domésticas e financeiras através de um vocabulário acessível e umas ilustrações muito bonitas a cargo de Fernanda Fragateiro. Curiosamente não são apenas as crianças que aprendem com a história do Sebastião, também são dadas aos pais, dicas para melhor lidar com esta situação. Deixo-vos a sinopse:
«A separação de um casal implica, geralmente, várias mudanças e decisões, numa altura em que a maior parte das pessoas se sente emocionalmente frágil. Se a família também inclui crianças, estas têm as suas próprias necessidades inadiáveis. Por vezes, penso que os pais se devem sentir como malabaristas, com imensas bolas no ar, a tentar não deixar cair nenhuma, embora lhes apeteça, em certas alturas, baixar os braços. De resto, ninguém nos ensinou as regras do divórcio – como ser pai e mãe, sem ser marido e mulher.
Escrevi este livro a pensar nestes pais corajosos que, não obstante a tempestade de mudança e emoção que os envolve, querem construir com os filhos uma nova forma de estar em família. Nem sempre é fácil, aos pais e aos filhos, falar do que lhes está a acontecer – têm medo de se magoar ou de ferirem o outro. Mas o silêncio, cheio de perguntas não respondidas, angústias não partilhadas e medos não acalmados, deixa-nos sós, a desbravar um caminho que, percorrido em conjunto, se torna mais fácil. (...)»
O que o acordou foi o silêncio. Primeiro, o do despertador que não tocou à hora combinada todas as manhãs. Depois o de outra respiração, que devia ouvir e não ouvia. Estendeu a mão para o quente do outro lado da cama e encontrou o frio (…). Um prenúncio de tragédia desceu por ele abaixo, como um arrepio. O que acabara de se lembrar era que não acordara só, por acaso, ou por acidente: aquele era o primeiro dia, a primeira manhã da sua separação (…). “Divorciado, 40 anos, bom aspecto, licenciado, rendimento médio-alto, casa própria e espaçosa, desportos, ar livre, terno e com sentido de humor. Mulheres compatíveis? Deus do céu, dezenas delas! Sou um partidão” – concluiu ao espelho. “Até agora vou-me aguentando”, considerou ele. Entre perdas e danos e a certeza adquirida que nada dura para sempre, restam-lhe várias razões e objectos e sentimentos para olhar em frente sem um sobressalto. Passeou-se pela casa pensativo, fumando o primeiro cigarro do dia. De repente lembrou-se que ainda não tinha visto o quarto do filho (…). Sem saber porquê, sentou-se no chão encostado à parede, muito devagar, a olhar para a fotografia. Duas grossas lágrimas escorreram-lhe pela cara abaixo e caíram na madeira do chão, entre as pernas. Foi só então que ele percebeu que estava a chorar.
Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Miguel Sousa Tavares
As mulheres têm vários segredos, um deles é a paixão fanática, e nem sempre assumida, por lingerie. A lingerie tem a ver com a paixão inabalável das mulheres por si próprias. Um amigo meu costuma dizer que a vantagem da lingerie é que uma mulher que não seja bem feita fica engraçada e uma mulher engraçada fica uma bomba. A lingerie está para as mulheres como os automóveis estão para os homens: tratam-se de objectos que aumentam o potencial de sedução e que, usados em conjunto, ou separadamente, dão prazer. A grande vantagem para nós mulheres, está obviamente no preço. Mas sejamos objectivas: a roupa interior ou é prática, confortável e sem charme, ou é deslumbrante, sexy e terrivelmente incómoda. Aperta onde não deve, tem rendas que arranham e arames que espetam, botões que só servem para enfeitar e chatear, fitas que dão nós cegos e outras particularidades que as transformam em verdadeiros objectos de tortura. E afinal para quê? Quando chega a hora H a última coisa em que um homem está a pensar é na lingerie da mulher com quem quer partilhar outros prazeres. Na pressa do momento quem-tem-vestido-o-quê- só é importante se for equacionado como quanto-tempo-se-demora-a-despir-o-que-se-tem-vestido.
Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do vão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... e aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso!
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que Tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distancia. Aprendes que o que importa não é o que tens na vida, mas o que TU és na vida! E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não tens que mudar de amigos se compreenderes que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e TU podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com que mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a ultima vez que a vemos. Aprendes que as circunstancias e os ambientes têm influência sobre nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprendes que heróis são aqueles que sempre fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é umas das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar, mas isso não te dá o direito de seres cruel!Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que essa pessoa não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo! Aprendes com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte! E que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais... e que realmente a nossa vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
Às vezes não sei o que hei-de fazer com a vida, vejo os dias sucederem-se num comboio estúpido e sem estações conduzido por um maquinista louco que não faz a mínima ideia onde acaba a linha e o pior é que nem quer saber. O comboio desliza sobre os carris cada vez mais depressa como se a qualquer instante perdesse a aderência e descarrilasse e então imagino as carruagens tombadas com as vísceras das minhas memórias espalhadas por todo o lado, a vida desmantelada no que já foi uma experiência rica e cheia, e que agora não vale nada.
O amor é tempo e tu não tens tempo para mim. Pelo menos agora. Amor é sorte e talvez eu não tenha sorte. Ou tenha, mas não contigo. Há pessoas a quem falta a saúde, outras uma família que as proteja, outras, a realização profissional. Há mulheres que nunca conheceram os pais, ou que não conseguem ter filhos. Há pessoas que trabalham uma vida inteira e nunca conseguem juntar dinheiro. Há pessoas a quem lhes é retirada a liberdade, ou lhes é interditada a vocação. Na existência humana há sempre uma dimensão que falha. Na minha, na qual alcancei muito mais do que alguma vez achei possível, talvez falte este tipo de amor que há tanto tempo procuro: um amor pleno, supremo e incondicional, um amor sereno e seguro que me proteja do mundo, um amor certo e firme, um amor real, em vez do mundo de sonhos em que vivo mergulhada quase desde que me conheço.