Pantufinhas à Bolonhesa
por aspalavrasnuncatedirei, em 26.06.07
Já todos sabem que sou uma mãe galinha e a notícia também já se espalhou na blogosfera. Eu adoro os meus Pantufinhas mas há dias em que eles me tiram completamente do sério. Ontem ao jantar fiz Esparguete à Bolonhesa. Tinha acabado de colocar a comida na mesa quando me ausentei 2 minutos para ir ao telefone. Enquanto o telefonema durou, ouvi as gargalhadas felizes dos meus pequenos “terroristas” e calculei que deviam estar a fazer algum disparate. Mas nada me preparava para o que veio a seguir. Quando fui ter com eles, não acreditei no que os meus olhos viam… os pratos vazios e a bolonhesa… na cara deles, no cabelo, na roupa, na cristaleira, no chão, nas paredes, no candeeiro, até no tecto (não pensem que estou a exagerar, tive que ir buscar o escadote para limpar o tecto e o candeeiro). Não sei o que me passou pela cabeça mas “passei-me” completamente. Dei umas palmadas naqueles rabos gordos, meti-os na cama de castigo e sem jantar (o que lhes valeu é que já tinham comido a sopa). Enquanto eles choravam na cama, eu chorava na cozinha. Inacreditável!!! Como é que eles conseguem fazer tantos disparates, como é que eles conseguem levar um adulto a perder as estribeiras??? Passei o resto da noite a caminhar para o quarto deles, a vê-los dormir, enchi-os de beijos, afaguei-lhes os cabelos e pedi-lhes desculpa por não ter sabido evitar as palmadas e me ter ficado pelos castigos. Agora que já passou, não me orgulho nada daquilo que fiz, sou completamente contra as «palmadas pedagógicas»… mas acreditem que foi superior a mim. Hoje, por acaso, (nada é por acaso e não acredito que “acasos” existam) encontrei este poema de Vinicius de Moraes que me fez pensar que os filhos despertam em nós o que temos de melhor, mas também o que temos de menos bom.