Love You for a Thousand Years
Acredito na intemporalidade do amor, na viagem que as almas companheiras fazem através do véu dos tempos, só para se encontrarem. Há amores assim, que na sua grandeza, não se esgotam numa única vida, precisam voltar à terra de vez em quando para se completarem. Por essa razão existe muitas vezes no coração das pessoas, uma profunda sensação de vazio, porque mesmo que tenham alguém ao seu lado que as faça sentir bem, nunca se sentem completamente preenchidas, há sempre qualquer coisa que não as faz viver em pleno aquele sentimento.
Olham para o espelho e perguntam onde é que está o erro, onde é que se perderam nesta trajetória dos dias, porque é que não dá certo? A resposta é simples: porque não é amor…é amizade, companheirismo, desejo, interesses vários…mas não é amor. Amar alguém é aceitar essa pessoa como ela é, como os seus inúmeros defeitos, com as suas incomensuráveis falhas, com os ecos do seu egoísmo, com a voragem dos seus conflitos interiores…devastadores…
Amar alguém é continuar a escolher aquele ser humano, mesmo que ao nosso lado gravitem outras pessoas: podem ser mais bonitas, mais inteligentes, mais sensíveis, mais alegres, mais leves, podem amar-nos mais e até melhor, podem ser exatamente aquilo que queremos, aquilo com que sempre sonhámos, mas estão longe de ser o que desejamos porque o nosso coração continua a gritar aquele nome que muitas vezes nos faz sofrer, mas que é também o nome a quem se deve toda a felicidade desta viagem pela vida.
Esta vida…a vida que vim viver… tem o teu nome timbrado na minha voz, tem o teu nome gravado na minha pele, sempre o teu nome esculpido no meu corpo. E se este amor não for vivido agora, eu sei que um dia os nossos destinos se vão voltar a encontrar, porque amo-te há mil anos… e amar-te-ei… por mil anos mais…