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aspalavrasnuncatedirei

Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

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Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

E não Viveram Felizes para Sempre

por aspalavrasnuncatedirei, em 26.05.10

 

Imagem Retiarada da Internet

 

 

Tocou à campainha, deixei-a entrar. Não disse nada, o seu silêncio fez-me adivinhar aquilo que há muito tempo temia. Enrolou-se no sofá, tapei-a com uma manta e fiquei a acariciar-lhe o brilhante cabelo ruivo, enquanto as lágrimas lhe caiam aos pares. Nada perguntei, nada quis saber, a nossa amizade é grande o suficiente para nos entendermos sem serem precisas palavras. Conhecia no auge da paixão, com a pele resplandecente e um brilho nos olhos que só quem ama conhece. Foi um amor inesperado, sem pré-aviso que surgiu na vida de ambos quando nenhum dos dois tinha condições para o viver. Ele era casado com a filha de um industrial ilustre da terra, tinha filhos crescidos e precisava de um novo amor para alegrar a sua patética existência. Um amor sem compromissos, sem responsabilidades, sem pressões ou censuras era tudo o que procurava. Ela, casada também, mas com um parasita que apreciava a qualidade de vida que a esposa lhe proporcionava, como Directora Executiva de uma empresa em franco desenvolvimento. Não trabalhava, nem gostava de o fazer, vivia de empregos cujos patrões lhe pediam apenas que cumprisse horários e justificasse o ordenado ao fim do mês. Mas isso era demais para quem nada gosta de fazer, assim, de dois em dois meses demitia-se, justificava que ninguém lhe sabia dar valor e ficava em casa a ouvir a sua música clássica. Foi nesta conjuntura de vida que a Isabel e o Afonso se conheceram. Assim que os seus olhares se trocaram nas escadas rolantes da empresa perceberam que estava uma paixão prestes a explodir-lhes no corpo. Amaram-se apaixonadamente durante um ano, aproveitaram todas as oportunidades para trocar um beijo, na sala do arquivo ou no corredor vazio do laboratório, chegaram até a fazer amor nas casas de banho sem que nunca ninguém suspeitasse do que se passava entre eles. Saíram nas representações da empresa a Angola e aproveitaram a oportunidade para fazer de conta que eram um casal com uma vida normal. No final daquele ano tinham chegado a um ponto que qualquer relação clandestina atinge: ou terminar ou assumir. A minha amiga começou a sentir-se mal com as mentiras, descobriu que já não havia nada que a ligasse ao marido e pediu o divórcio. O marido não quis, não aceitou e passou a infernizar-lhe a vida. Confessou-lhe então que o traía e aí o seu orgulho de macho latino cedeu. Para além disso o seu amor por Afonso era tão grande que não queria continuar longe dele e pediu-lhe que tomasse uma decisão também. Afonso começou a vacilar, tinha sempre uma desculpa pronta: a filha estava doente, a mulher estava com uma depressão, não tinha coragem para passar por todo aquele desgaste, nem enfrentar o escândalo na empresa. Diariamente uma chuva de lágrimas e de desilusão começou a cair dos olhos de Isabel, a paixão que viveram foi arrefecendo e entristecendo o amor que os unia. Tornou-se incomportável aquela relação e Afonso decidiu que era melhor cada um voltar às suas vidas. Que vida?!?! Dali para a frente Isabel sabia que nada mais lhe restava a não ser o divórcio, criar os filhos sozinha, entregar-se ao trabalho e assumir que perdera o grande amor da sua vida. Por sua vez, Afonso continuaria a fazer de conta que tinha um casamento feliz e guardaria no fundo da gaveta as memórias daquele ano. O meu pensamento regressa à Isabel ali no meu sofá… adormeceu de dor e de cansaço. Esboço um sorriso amigo, ela pertence ao Clube das Mulheres Fantásticas, sei que vai ultrapassar este momento difícil porque a vida é mesmo assim: dá-nos com a mesma facilidade com que nos retira…um grande amor.

 

Há dias assim

por aspalavrasnuncatedirei, em 23.05.10

Quando um Homem Ama uma Mulher… já tem uns anos, conta com a participação da lindíssima Meg Ryan e do não menos interessante Andy Gracia. A banda sonora é dos Rockwell e chama-se Knife. Através desta mistura de som e imagem deixei a minha imaginação vaguear. Há filmes assim, envolventes... Há músicas assim, mágicas... Há pessoas assim, inesquecíveis… Há dias assim...

 

Amigas

por aspalavrasnuncatedirei, em 15.05.10

 

Recordo-me perfeitamente da primeira vez que a vi: entrou na minha sala de aula (com um sorriso de menina) vinha traduzi-la para um aluno surdo. Trocámos sorrisos formais e no final da aula disse-me «-Como é que consegues dar aulas em cima desses sapatos?» estava dado o mote, afinal sapatos é sempre um bom tema para duas mulheres conversarem. Dos formalismos à amizade foi um passo. Entrou na minha vida, e na dos Pantufinhas, como só podem entrar os amigos de coração, que se conhecem de outros tempos, de outros espaços e que são ligados por amizades cósmicas. Tantas coisas em comum: os chás («Ai amiga estou a virar-me do avesso») os cajus salgadinhos («Lá se foi a dieta, venha daí mais uma lata»), o filme O Segredo  (iniciado às 22h, terminado às 4h da manhã, com 9 minutos vistos) a roupa com cheiro a lavadinho (ainda gosto do Confort Essência), as gomas partilhadas com o Pedro, os cromos da caderneta rasgada do João (belo ataque de fúria). Seguiu-se o Sr. MSFT, as noites de Lhasa, de Rosa Passos, de maionese caseira («-Que é isto?»), de viola com a janela aberta em noites quentes de início de Verão. Depois veio o Príncipe Alexívio, que afinal sempre esteve por perto, com o cavalo pronto para te levar para a vida sonhada, e há muito merecida, de espada em riste para afugentar todos os teus medos e de coração aberto para te encher de mimos. «-Mamã, tenho saudades da Princesa Árabe, da piscina dos sapos, dos golfinhos e do Lexívio, Alexívio» dizem os meus pequenos reguilas traduzindo um sentimento que também é meu. E penso: porque é que a distância nos separa sempre das pessoas especiais da nossa vida? Eu sei que é só uma questão de Geografia, que do longe se faz perto e outros aforismos do género, mas há dias em que olhamos para trás e nos sentimos presenteados com as pessoas que se cruzam na nossa vida e que a mudam para melhor. Minha querida D. sei que um dia destes vais passar por aqui, e que te vais encontrar nestas palavras, por isso, deixo nesta página um grande beijinho para ti, para o L. para a D.Z. e agradeço-vos de coração fazerem parte da minha vida e da vida dos Pantufinhas.

 

Mulher Fantástica - Nova Fornada

por aspalavrasnuncatedirei, em 10.05.10

 

Acaba de sair do forno, quentinha a fumegar, mais uma fornada do livro Mulher Fantástica. Se faz parte daquele conjunto sublime de pessoas que nasceu do sexo feminino, e que pertence ao Clube das Mulheres Fantásticas, aproveite para adquirir este livro. Se nasceu homem, e se não as entende (é bem provável e não é o único), ou então, se tem mulheres fantásticas na sua vida, aproveite para lhes dar este presente. Para mais informações escreva para sandra_sofiabarbosa@sapo.pt

Abraço de Dois Corações que se Amam

por aspalavrasnuncatedirei, em 09.05.10

 

Há momentos assim… a máquina fotográfica no lugar certo, o fotógrafo pronto para a disparar e flash!!!! Fica registado, testemunhado, provado: dois corações almas gémeas, num abraço profundo. A união de dois seres que se amam profundamente. Adoro-te Pantufinha.

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