Não Amar Para Não Sofrer
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«Importar-se com outra pessoa abre a possibilidade para se magoar, com as falhas ou ausências dessa pessoa. Para nunca sofrer é preciso nunca amar.» (Léa Waider)
Todos nós procuramos o amor e é ele, a meu ver, um dos mais altos responsáveis pela nossa felicidade. Mas as pessoas são todas tão diferentes e o que é importante para uns, nada significa para outros. Esta semana falei com uma amiga, que é um verdadeira Workaholic, e pela conversa percebi que aquilo que lhe dá realmente prazer, é o prazer, que o trabalho lhe proporciona. Não dorme, mal come, não sai com amigos, não se diverte, não lê um livro, não molha os pés na praia, não vai ao cinema, não ama, ou melhor, diz que ama, mas não se deixa «arrebatar». Esta minha amiga, já sofreu algumas desilusões amorosas, por isso, fechou-se na concha do trabalho e resolveu nunca mais de lá sair. Diz que tem o que há de melhor na vida: trabalho, saúde, trabalho, família, trabalho, uma mão cheia de bons amigos, trabalho, uma boa casa, trabalho, um bom carro, trabalho. Diz que nada pede, que aceita tudo o que o Universo lhe dá e que por tudo isto é feliz. Ela não sofre, porque como afirma Léa Waider, para nos protegermos do sofrimento, o melhor é não amarmos. Naquele momento olhei para ela e pensei «o computador não te beija o corpo e não te faz arrepios pela coluna acima; os relatórios não te aquecem os pés de noite, a caneta que róis não te beija a boca, os documentos que analisas não te olham nos olhos e os projectos que tocas não te afagam os cabelos…»
