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aspalavrasnuncatedirei

Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

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Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

Sem Marcha Atrás

por aspalavrasnuncatedirei, em 14.04.07

 

 

Imagem Retirada da Internet

Já ouviram os Dona Maria? Não!?!? Asseguro-os que é uma das melhores bandas portuguesas. Tenho andado a ver se descubro como é que se colocam músicas nos blogs mas como sou uma grande “nabiça informática” ainda não descobri. Mas eu chego lá, aguardem-me. (Aceitam-se informações).Como não posso deixar-vos a música, deixo a letra de um tema que considero fantástico, intitulado «Sem Marcha Atrás»… Para reflectir.

 

O tempo que a gente perde pela vida a correr
O tempo que a gente sonha que é chegar e vencer
O tempo faz de nós um copo p’ra beber em paz
O tempo é um momento para nunca mais

O tempo mesmo agora fez a terra girar
O tempo sem demora traz as ondas do mar
O tempo que se inventa quando nunca se é capaz
O tempo é um carro novo sem a marcha-atrás

Voei p’ra te dizer
Sonhei p’ra te esquecer
Eu sei não vais parar para eu crescer
Eu sei esperei demais

 

                                                                                                  Dona Maria

Referendo de Amor

por aspalavrasnuncatedirei, em 14.04.07

 

                      Imagem Retirada da Internet

 

Fez-se um referendo. Ganhou o NÃO por maioria absoluta. Todos votaram contra nós. Contra o nosso amor, contra a nossa vida em comum. Veio à luz da Imprensa o parecer dos colegas de trabalho, dos amigos, dos conhecidos, é até mesmo daqueles que não nos conheciam. Saiu na primeira página dos Jornais a opinião da minha família, da tua família, dos nossos pais, dos nossos filhos. Ouviu-se na Rádio a opinião dissuasora daqueles que dizem que nos conhecem, que sabem quem somos e o pouco que sentimos. No horário nobre das Televisões os jornalistas mais mediáticos combatiam-nos com reportagens assustadoras. Nas revistas cor-de-rosa não faltaram rios de tinta que anunciavam como se ateou, como se incendiou e como se extinguiu a chama do nosso amor. Vieram os Médicos que nos passaram um atestado de óbito, dizendo que não interessava que o coração batesse, que o que interessava era o poder da razão. Vieram os Agricultores provar que o nosso amor crescia em solo infértil, estéril, que jamais daria fruto ou flor. Vieram os Pescadores e mostraram que as redes que atiravam ao nosso mar dos nossos sentimentos, só colhiam mágoa, tristeza e dor. Vieram os Astronautas dizer que no nosso céu não brilhava nenhuma estrela. Vieram os Ambientalistas dizer que éramos responsáveis pela intoxicação daqueles que nos rodeavam. Vieram ainda os Videntes dizer que It wasn’t meant to be. De nada adiantou a nossa campanha eleitoral, de nada adiantaram as bandeiras que hasteámos em prol do SIM. Nem as faixas quilométricas penduradas nas varandas, os autocolantes colados nos vidros dos carros, as canetas, e os porta-chaves. E o pior de tudo é que deixámos que nos convencessem que tinham razão. É oficial. Separaram-nos. E já saiu o Decreto-lei promulgado no Diário da República.

Pensamento do Dia

por aspalavrasnuncatedirei, em 14.04.07

 

PRINCIPAL.jpg

                                                                                        Imagem Retirada da Internet

Anjos na Terra

por aspalavrasnuncatedirei, em 14.04.07

 

homens.gif

                                                                                     Imagem retirada da Internet

 

Chego ao infantário e procuro, no meio daqueles pequenos duendes irrequietos, o meu Anjo de bibe ao xadrez. Observo-o a brincar no seu mundo de Alice no País das Maravilhas, onde cabem todos os príncipes e princesas, dragões e fadas. Rezo baixinho «Meu Deus, não o deixes crescer tão depressa. Não vês que assim as suas asas vão ganhar penas, e não tarda, vai voar para fora do meu ninho?» Afasto estes pensamentos parvos e idiotas e tento substituí-los por alguns de jeito. «Ainda bem que está a crescer – forte, saudável e liiiiiiiiiindo de morrer!» Rapidamente sou chamada de regresso à Terra porque o meu Anjo já me encontrou e enrola-se às minhas pernas como uma enguia, esticando-se para me roubar um beijo. Agarro-o ao colo. Abraço-o. Sinto aquele cheirinho, que é só dele, e que resulta de uma miscelânea de cheiros, que passam pelo perfume atrás das orelhas, o aroma do champô, do creme das bochechas e da transpiração de quem não pára um segundo quieto. O meu Anjo não tem vestes brancas, celestiais. Chega sempre ao pé de mim preto como o carvão de um mineiro, parece uma pequena vítima de trabalhos forçados, impostos pelos guaches, plasticinas, pelas Joaninhas de chocolate, pelos empurrões dos amigos. Oiço a sua voz, melada pelos bigodes do leite com chocolate, dizer «-És a mãe mais linda da minha Escola», e agora sou eu que ganho asas e voo com ele no seu mundo de faz de conta. Levo-o para casa e aí, o meu pequeno Anjo transforma-se num diabrete. Começam as birras: Não vou tomar banho, já tomei ontem; não vou arrumar o quarto estou muito ocupado, não fui eu que fiz chichi nas pantufas do mano foi o meu cãozinho, não atirei o carrinho pela janela do terceiro andar, foi ele que voou sozinho, não gosto dessa sopa, só gosto de canja; não sei quem é que comeu os chocolates que estavam na caixinha de surpresas; não vou dormir, ainda me falta brincar mais um bocadinho. E no final do dia, quando finalmente consigo colocar aquele Anjo numa alcofa de nuvens, sinto o céu nos meus braços quando o oiço dizer «Mãe, amúúú-te’!»

 

Razão de Viver

por aspalavrasnuncatedirei, em 14.04.07

 

                                                                                        Imagem retirada da Internet

 

Já expliquei, num dos primeiros posts que editei, o porquê deste blog e do nome com que o baptizei. Deixo aqui, uma vez mais, um excerto retirado das muitas, lindíssimas, páginas da obra de Nicholas Sparks, As Palavras que Nunca Que Direi que me inspiraram não só no título do blog como também em toda a sua filosofia. Ainda bem que há neste mundo Homens como Sparks, que têm o dom da palavra…certa!

 

«O vento soprava através do teu cabelo e os teus olhos retinham a luz pálida do sol que se desvanecia. Fico espantado quando te vejo encostada ao parapeito. Tu és bela, penso, enquanto te vejo, numa visão que não consigo encontrar em mais ninguém. Começo a andar lentamente na tua direcção e quando, finalmente te voltas para mim, reparo que outros têm estado a observar-te também. «Conhece_la?» perguntam-me em sussurros invejosos, e quanto sorris para mim, respondo simplesmente com a verdade. «- Melhor do que o meu próprio coração.»

Paro quando chego perto de ti, e envolvo-te nos meus braços. Anseio por esse momento mais do que qualquer outro. É a razão da minha vida, e quando retribuis o meu abraço, eu entrego-me a esse momento, em paz, mais uma vez.

Levanto a mão e toco suavemente na tua face e tu inclinas a cabeça para trás e fechas os olhos. As minhas mãos são ásperas e a tua pele é macia. É nestas alturas que sei qual é o meu objectivo nesta vida. Estou aqui para te amar, para te segurar nos meus braços, para te proteger. Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca. Estou aqui porque não existe outro sítio onde queira estar.»

 

Nicholas Sparks, As Palavras Que Nunca Te Direi


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