Muita gente tem medo da felicidade. Para essas pessoas, esta palavra significa mudar uma série de hábitos – e perder a sua própria identidade.
Muitas vezes julgamo-nos indignos das coisas boas que nos acontecem. Não as aceitamos, porque aceitá-las dá-nos a sensação de que ficamos a dever alguma coisa a Deus.
Pensamos: “É melhor não provar o cálice da alegria porque quando este nos faltar, iremos sofrer muito.»
Por medo de diminuir, deixamos de crescer. Por medo de chorar deixamos de rir.
O amor não pode ser praticado a qualquer hora. Há um relógio escondido em cada um, e para fazer amor os ponteiros das duas pessoas têm de marcar a mesma hora, ao mesmo tempo. Isso não acontece todos os dias. Quem ama não depende do acto sexual para se sentir bem. Duas pessoas que estão juntas, e que se querem bem, precisam de acertar os seus ponteiros, com paciência e perseverança, com jogos e representações “teatrais”, até entenderem que fazer amor é muito mais do que um encontro é um “abraço” das partes genitais. Tudo tem importância. Uma pessoa que vive intensamente a sua vida tem prazer e não sente a falta do sexo. Quando ela faz sexo, é por abundância, porque o copo de vinho está tão cheio que transborda naturalmente, porque é absolutamente inevitável, porque ela aceita o apelo da vida porque nesse momento, apenas nesse momento, ela consegue perder o controlo.