por aspalavrasnuncatedirei, em 13.02.07

Tenho um segredo enterrado
Nas areias daquela Praia,
Onde num fim de tarde nos amámos
E trocámos juras de amor.
Tenho um segredo escondido
Numa montanha longínqua,
Onde um dia atingimos o cume,
Numa explosão mútua de prazer.
Tenho um segredo difundido
No som daquele piano
Onde nos perdemos
Numa noite quente de luar.
Tenho um segredo ocultado
Na doçura das minhas lágrimas
Onde me bebeste
Na taça cristalina da tua boca.
Tenho um segredo adormecido
Na brancura dos teus lençóis
Onde me perdi… para me encontrar depois!
por aspalavrasnuncatedirei, em 13.02.07

Escrevi o Teu nome num balão…
Segurei-o nas minhas mãos,
Beijei-o docemente.
Ofereci-lhe uma oração,
Agradeci a sua presença na minha vida,
Agradeci tudo o que me tinha ensinado,
Tudo o que tinha feito por mim.
E… soltei-o…
Ao vê-lo voar sei que o libertei,
Mas principalmente…
Sei que me libertei a Mim!
por aspalavrasnuncatedirei, em 13.02.07

Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz.
Por muito que o coração diga não faças o que ele diz.
Nunca mais voltes à casa, onde ardeste de paixão.
Só encontrarás erva rasa por entre as lajes do chão.
Nada do que por lá vires será como no passado.
Não queiras reacender um lume já apagado.
São as regras da sensatez, vais sair a dizer que desta é de vez.
Por grande a tentação que te crie a saudade,
Não mates a recordação que lembra a felicidade.
Nunca voltes ao lugar onde o arco-íris se pôs,
Só encontrarás a cinza que dá na garganta nós.
São as regras da sensatez vais sair a dizer que desta é de vez
Carlos Tê / Rui Veloso