A paixão faz a pessoa deixar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.
Ninguém quer desorganizar o seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar essa ameaça, e é capaz de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas.
Outras pessoas pensam exactamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontar na paixão as soluções para todos os seu problemas. depositam na outra pessoa toda a responsabilidade pela sua felicidade, e toda a culpa pela sua possível infelicidade.
Estão sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam acabou por destruir tudo.
Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a menos destrutriva?
A maioria das pessoas continua a entrar nas relações pelos motivos ‘errados’ – para acabar com a solidão, preencher um vazio, em busca do amor ou de alguém para amar e esses são alguns dos melhores motivos.
Outras fazem-no para lisonjearem o seu ego, acabarem com depressões, melhorarem a sua vida sexual, recuperarem de uma relação anterior ou, por incrível que pareça, para se livrarem do tédio.
Nenhum desse motivos resultará e, a menos que pelo caminho algo sofra uma mudança drástica, a relação também não.
Para a maioria das pessoas, o amor é uma necessidade. Toda a gente tem necessidades. Tu necessitas disto, o outro necessita daquilo. Ambos vêem um no outro uma hipótese de satisfação de uma necessidade. Por isso acordam – tacitamente – numa troca. Eu dou-te o que tenho se tu me deres o que tens.
É uma transacção. Mas não lhe chamam isso. Não dizem «Eu troco-te muito», dizem «Eu amo-te muito» e é aí que começa o desapontamento.
Conversas com Deus, Neale Donald Walsch
Poema do Desapontamento
Eu não deveria estar onde estou. Eu não deveria ser o que sou. Eu não deveria falar de amor. A vida não perdoa
Tão perto, tão longe!
Queria apertar suas mãos Olhar bem seus olhos Ouvir a sua história.
Carolina deixou-se afogar num poço de tristeza, incapaz de tomar uma atitude ou de exigir uma resolução. Rui comportava-se da mesma maneira. Entrava em casa como se fosse para uma linha de abate, onde apenas se contam os minutos para acabar de vez com o sofrimento. Irritava-o «ter» de conviver debaixo do mesmo tecto, só porque não tinha coragem der romper com um casamento longo, mas infeliz. O tal carinho e afecto haviam desaparecido e agora tudo servia para responderamde forma agressiva um ao outro. O ar era tão pesado naquela casa que um dia uma das suas visitas não resistiu a dizer-lhes:
- Vejam se são crescidinhos e repensam a vossa vida. Dá trabalho, mas olhem que vale a pena.
- É uma coisa que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
-Laços?
-Sim, laços – disse a raposa – Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil Rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser o único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes aborreço-me um bocado. Mas se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de sol.
Já aconteceu antes no vosso planeta a tecnologia desenvolvida ser maior do que a vossa capacidade de a utilizar de forma responsável. Estão a aproximar-se novamente do mesmo ponto na história humana.É de importância vital que compreendam isto: A vossa tecnologia actual ameaça exceder a vossa capacidade de a usar sensatamente. A vossa sociedade encontra-se na eminência de se tornar um produto da tecnologia, em vez de ser a tecnologia um produto da sociedade.Quando uma sociedade se transforma num produto da própria tecnologia, destrói-se a si própria.(...) E se não se matarem uns aos outros com a vossa loucura nuclear, destruirão o vosso mundo por suicídio ambiental. Estão a desmantelar o ecossistema do vosso planeta e continuam a dizer que não. Como se isso não bastasse, estão a interferir com a própria bioquímica da vida, através da clonagem e da engenharia genética, sem o fazerem com o cuidado suficiente para que haja benefício para a vossa espécie, mas ameaçando torná-las no maior desastre de todos os tempos.
Aqueles homens, tão poderosos e arrogantes (...) não se importavam de pagar 350 francos suíços para deixarem se ser eles mesmos durante a noite.
“Durante a noite? Ora Maria, estás a exagerar. Na verdade são 45 minutos, e mesmo assim, se descontarmos tirar a roupa, fazer algum falso carinho, conversar sobre alguma coisa óbvia, vestir a roupa, reduziremos esse tempo a onze minutos de sexo propriamente dito.”
Onze minutos. O mundo girava em torno de algo que demorava apenas onze minutos.
E por causa desses minutos num dia de 24 horas (...) eles casavam, sustentavam a família, aguentavam o choro das crianças, desmanchavam-se em explicações quando chegavam tarde a casa, olhavam dezenas, centenas de outras mulheres com quem gostariam de estar, compravam roupa cara para eles, roupa ainda mais cara para elas, pagavam prostitutas para compensar o que lhes faltava, sustentavam uma gigantesca indústria de cosméticos, dietas, ginástica, pornografia, poder.
Alguma coisa estava muito mal na civilização; e essa coisa não era a desflorestação amazónica, a camada de ozono, a morte dos pandas, o tabaco, os alimentos cancerígenos (...) era exactamente aquilo em que ela trabalhava: o sexo.
Lembras-te quando dormiste comigo, a última vez? Estava a chover e chegaste-te a mim. Foi quando abri a luz e te vi dormir que me apercebi que estava presa. Percebi que fui a única pessoa a quem o teu sono egoísta fez chorar de ternura. Ressonas. Sabes que ressonas, meu querido? Nessa noite dormias tão docemente que cheguei a perguntar-me se eras mesmo tu o macho com quem partilho os meus dias. (...) Gosto disto, gosto tanto. Gosto de ser tudo para ti e de só o descobrires quando, enfim, resolver mandar-te embora. Ou quando fugires daqui assustado.
Os professores sentem na pele, a cada dia que passa, a insatisfação de uma profissão que parece ter sido escolhida como «bode expiatório» das desgraças da economia nacional. Deixo as palavras de um psicoterapeuta famoso para reflexão.
Será que a Ministra da Educação já leu este livro? OFEREÇAM_LHO!!!!
«Computadores! Computadores! Fim dos professores» Os professores nunca tinham sido tão humilhados. Golpeados por estas palavras, resolveram abandonar a torre.
Sabem o que aconteceu? A torre desabou. Ninguém imaginava, mas eram os professores e os pais que seguravam torre. Tentaram substituí-los por computadores, dando uma máquina a cada aluno. Usaram as melhores técnicas de multimédia.
Sabem o que aconteceu? A sociedade desabou. As injustiças e as miséria da alma aumentaram ainda mais. A dor e as lágrimas expandiram-se. A prisão da depressão, do medo da ansiedade atingiu grande parte da população. A violência e os crimes multiplicaram-se. A convivência humana, que já era difícil, tornou-se intolerável. A espécie humana gemeu de dor. Corria o risco de não sobreviver...
Estarrecidos compreenderam que os computadores não conseguiam ensinar a sabedoria, a solidariedade e o amor pela vida. O público nunca pensara que os professores fossem os alicerces das profissões e o sustentáculo do que é mais lúcido e inteligente em nós. Descobri-se que o pouco de luz que entrava na sociedade vinha do coração dos professores e dos pais que arduamente educavam os seus filhos.
Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, Augusto Cury