«You must remember this, a kiss is still a kiss, a sigh is still (just) a sigh. The fundamental things apply… as time goes by»(Casablanca)
Dá-me um beijo… igual àquele primeiro que se fez tão desejado, inseguro, doce. Dois seres que se uniam e comungavam as suas almas através do toque das suas bocas. Dá-me um beijo… de destemido explorador, como aqueles, que me davas quando descobrias os meus sentidos. Ou podes dar-me um beijo, cinematográfico, decidido de “- És minha!” Dá-me um beijo… daqueles a saber a café, daqueles lambuzados de Món Cherry, daqueles de chá de camomila, bolo de chocolate e ovos mexidos às 3h da manhã. Dá-me um beijo… lento como os que te dava ao acordar, quando a madrugada entrava pela janela e nos vinha beijar suavemente. Dá-me um beijo voraz, com pressa de me amar, daqueles que deixavam a roupa pelo chão até chegarmos ao nosso destino. Dá-me um beijo, cansado depois, de fim de noite, extasiado de me possuir. Dá-me um beijo escondido, como aqueles que surripiávamos um ao outro como dois criminosos foragidos. Dá-me um beijo salgado pela água do mar, pelo sal que te transpira no corpo. Dá-me um beijo…daqueles… a saber a ti.