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aspalavrasnuncatedirei

Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

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Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

Whitney Houston

por aspalavrasnuncatedirei, em 26.09.09

 

Imagem Retirada da Internet

 

Recentemente voltou, e ainda bem, a falar-se de Whitney Houston. As notícias dos últimos anos que ligavam o seu nome à toxicodependência foram sobrepostas pela sua visita ao programa da Oprah, onde tentou reabilitar a sua imagem e reconquistar o afecto e o carinho de todos aqueles que um dia gostaram dela. Já li que a 31 de Agosto, nos Estados Unidos, foi lançado o seu último álbum, mas ao que parece ainda não chegou a Portugal. Eu confesso-me uma grande admiradora da sua voz e das suas músicas. Olho para trás e lembro-me de cantar numa festa da escola aquele que era um hino às crianças The Greatest Love of All. Recordo-me de dançar nas matinés da Fame ao som de I Wanna Dance Whit Somebody (Who Loves Me). Cantei com as minhas amigas o Count On Me, cantarolei o How Will I Know quando ainda menina me interrogavava como é que eu saberia se aquela era a pessoa certa para mim, e por fim, passei a cantar I Will Always Love You quando a encontrei. Hoje, serve de banda sonora da minha vida os temas Didn’t We All Most Have It All e Where The Broken Hearts Go… 

Pantufinha Aniversariante

por aspalavrasnuncatedirei, em 25.09.09

 

 

Imagem Retirada da Internet

 

Meu amor:
Hoje é sem dúvida um dos dias mais especiais do ano, mais especiais da minha vida. Faz hoje precisamente nove anos que decidiste fazer as malas, deixar para trás a acomodação apertada e escura que era a minha barriga e vir partilhar connosco a tua vida. Cada 25 de Setembro é um recordar daquele dia magnífico em que te pude tocar, abraçar, beijar pela primeira vez. O teu nascimento veio trazer a toda a nossa família mais luz, mais alegria, mais amor. Foste o primeiro filho, primeiro neto, primeiro sobrinho, primeiro afilhado… tudo à tua volta se tornou mais bonito e especial, apenas porque existias. Sabes, tenho saudades daqueles primeiros meses, em que te colocava no meu colo, sentia o teu calor, o teu cheiro a bebé lavadinho. Tenho saudades de te ter no meu peito a recolher o néctar que servia para alimentar a tua vida, e dar significado à minha. Tenho saudades de te sentir meu, de te sentir uma parte do meu ser, o melhor que havia em mim. «-Gosto tanto de ti meu amor», todas as noites te segredo ao ouvido, quando vou aconchegar-te a roupa, antes de também eu ir dormir. E fico deitada ao teu lado a tentar desvendar os teus sonhos e segredos, a desejar que no meio das tuas brincadeiras com anjos, também haja espaço para mim. Ainda continuas a ter bochechas quentinhas, ainda tens aroma de menino acabadinho de nascer. Ainda, e sempre, olho para ti como um milagre, como um presente que Deus me deu, em nome de algo muito bom que já devo ter feito nesta vida. Neste dia de aniversário quero dizer-te que tu, e o mano, ocupam a maior área do meu coração, aquela que é a mais pura, a mais bela, a mais singela. Quero que entendas que tudo o que faço é sempre pensando em vocês, na esperança de fazer o melhor possível. Sabes, as mães também se enganam, cometem erros e têm realmente a mania que fazem e dizem aquilo que é melhor para os filhos, mas não é verdade… Desculpa… todas aquelas vezes em que me esqueço que ainda és menino e que te exijo que te portes como um homem. Desculpa por nem sempre teres a minha mão por perto quando precisas atravessar um caminho. Lamento por não ser sempre o meu rosto que vês ao acordar, por não saber jogar à bola com a destreza de um profissional e por não conhecer de cor os nomes dos teus Gormitis e Pokémons. Desculpa também por te querer calçar sapatos quando preferes sapatilhas, por insistir nas camisas quando queres t’shirts, por ralhar sempre que a tabuada não está certa… Quando olho para ti observo o ser humano extraordinário que és, sinto sempre que tenho muito a aprender contigo. Neste dia do teu aniversário, quero desejar-te uma vida repleta de amor (na dimensão daquele que sinto por ti), quero desejar-te sol para iluminar todas as tuas brincadeiras, pinguinhos de chuva para fazer florescer grandes amizades e quero desejar que todas as tuas conquistas sejam feitas com a mesma determinação e sucesso com que os teus pontapés fazem a bola entrar na baliza. Desejo ainda que do teu corpo transborde de saúde, que dos teus olhos caiam apenas lágrimas de felicidade e que a vida te ame tanto como eu. Num dia como o de hoje, tenho vontade de te devolver à minha barriga e recomeçar tudo outra vez… Amo-te, Pantufinha, feliz aniversário.
 

 

Ingrediente Secreto

por aspalavrasnuncatedirei, em 17.09.09

 

Imagem Retirada da Internet

 

A Madalena tem tudo para ser feliz, é invejada pelas amigas e inimigas porque a sua vida é provavelmente aquela que mais se aproxima da perfeição. Todas as mulheres à sua volta sabem disso, todas… menos a própria. Às vezes penso que é perfeita demais para ser verdade. Está casada há 7 anos com o Jorge e tem dois filhos adoráveis. Quando passeiam pela cidade é impossível deixar de os observar: o carro sempre a brilhar, os filhos imaculados e eles sempre de mãos dadas, com sorrisos cúmplices. No jantar da empresa a Madalena, em tom de desabafo, referiu que tem estado a atravessar uma crise existencial. Não sabe se é a espada aziaga do ano 7 sob o seu casamento, se está alguma coisa errada com ela, ou se deixou de amar o marido. Com um sorriso nervoso imitou o anúncio dos Danoninho dizendo «-Falta-me um bocadinho assim…» e o seu indicador e o polegar abriram-se a 5 cms de distância, lembrando-nos o anúncio publicitário do pequeno iogurte. Fui para casa a pensar no que significarão esses centímetros de vida que a deixam tão insatisfeita. O Jorge é um marido excepcional. Ele ajuda, em casa apesar da esposa não achar o suficiente; ele adora-a mas ela não quer estar no pedestal, quer isso sim, estar ao lado dele: na mesa, na cama, na vida. O Jorge oferece, fora das datas festivas presentes generosos ,(ao contrário da maioria das mulheres que apenas os recebe no aniversário e Natal) mas nunca é bem aquilo que ela deseja; é um cozinheiro razoável que se desenvencilha sempre que a urgência aperta  mas ela queria um Chef. Ele tem um sentido de humor fantástico que não me parece que ela valorize e, segundo as suas palavras, é um “amante carinhoso” (aqui não sei bem o que é que ela quer, ou que defeito lhe aponta). Como pai não há melhor, vemo-lo com frequência a levar as crianças à escola e às suas actividades extra-curriculares, no médico sempre que é preciso ou no parque infantil sem que a disponibilidade da agenda lhe permite. Confesso que não a entendo mas o que raio é que lhe falta? Adrenalina? Paixão? O que é que acontece aos casamentos à medida que o tempo passa por eles? Qual é o segredo secreto, a magia que faz um casamento resultar? «-Amor!» afirmarão muitos, nada sobrevive sem ele, mas eu já vi pessoas que se amavam muito e que não conseguiram ser felizes. «-Respeito» dirão outros mas também já vi casais que se respeitavam e que não foi por isso que deixaram de se divorciar. «-Sexo!» diz o meu primo Fernando para quem o prazer é o verdadeiro néctar da vida. Um dia destes encontrei-o no Shopping e aproveitámos para tomar um café. Há meses que não nos víamos. Está casado há 17 anos, fez um daqueles casamentos que aos olhos da família e dos amigos pouco iria durar. O que é certo é que contra ventos e marés eles continuam juntos e, aparentemente, estão bem e recomendam-se. Perguntei-lhe pela Beta e respondeu com um sorriso iluminado «-Está gorda, chata e a ficar velha». Não consigo deixar de sorrir e aproveito a oportunidade para lhe perguntar qual o segredo secreto da felicidade a dois. Foi aí que ele me confidenciou com o seu ar maroto que é o sexo. Não estava nada à espera daquela resposta e devo ter feito uma expressão de incredulidade pois ele aproveitou para se justificar. Disse-me que as discussões estão presentes no dia-a-dia, que se zangam com frequência, que são muito diferentes, que implicam por tudo e por nada, mas que ao chegar ao vale dos lençóis todas as diferenças se atenuam, todas as divergências desaparecem, todo o amor que existe entre eles fala mais alto. Diz que não gosta do feitio dela, mas que adora o o seu corpo, que não suporta a sua desarrumação mas que vibra com a sensualidade que emana, que torce ao nariz à forma como super-protectora como trata os filhos e a ele, mas vai ao céu e volta sempre que fazem amor. Será?!? É possível que o sexo seja bom o suficiente para suportar tudo o que um casal não gosta um no outro, ou que seja mau o suficiente capaz de destruir tudo o que existe de bom entre elas?

 

O que as Mulheres Querem

por aspalavrasnuncatedirei, em 15.09.09

A esta eterna questão, da parte que me toca, respondo com o vídeo de Leonard Cohen. Basta aprender a letra e cantá-la aos nossos ouvidos (de preferência seja honesto e já agora, cante em Português).

 

 

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