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Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

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Há palavras que nunca chegam ao destino...fazem uma longa e amarga travessia pela solidão dos sentidos e morrem na escrita destas crónicas.

Namastte!

por aspalavrasnuncatedirei, em 31.07.07

Há já algum tempo que germina em mim a vontade de criar um outro blog de tema distinto. As palavras Nunca Te Direi relacionam-se, na grande maioria dos posts, com o meu lado de mulher, mãe, professora e apresenta todas as alegrias e tristezas que lhe estão inerentes. Desde o início que o meu objectivo era exorcizar emoções, sentimentos e eternizar situações, experiências. Este fim-de-semana nasceu http://namastte.blogs.sapo.pt, termo sânscrito que significa “ A divindade em mim saúda e reconhece a divindade em ti”. Este blog apresentará temas ligados a assuntos, ditos, esotéricos que apresentam o meu/vosso lado espiritual. Espero que gostem.

 

Arder de Saudades

por aspalavrasnuncatedirei, em 27.07.07

 

Imagem retirada da Internet

O que mais custa, não é a passagem das semanas, nem dos dias… são as horas e os minutos que se arrastam, fazem arder a pele e incendeiam o desejo. Cada minuto é uma chama viva dentro do meu peito que incendeia as recordações do nosso amor. Queima em mim a memória daquilo que vivemos como uma espécie de labareda que arde devagarinho, consumindo-me lentamente, transformando em cinzas toda a minha existência. Este corpo que já ardeu de prazer perdido nas crepitações do fogo do teu corpo, hoje nada mais é do que um terreno queimado, devastado, infértil. Esta boca, onde outrora depositaste os teus beijos ardentes, hoje está seca, à míngua da água da tua fonte. Apenas dos meus olhos escorrem rios, plenos de lágrimas salgadas, que em vão tentam acalmar este estado febril. Ardo em saudades…

Não Posso Negar

por aspalavrasnuncatedirei, em 21.07.07

 

 

Imagem Retirada da Internet

Não posso negar o que vi, o que cheirei, o que senti, o que amei. Não posso negar que fui feliz, se fecho os olhos e sinto ainda todos os instantes felizes. Não, não posso negar que atravessei rios contigo, que te ensinei o nome das estrelas, que ouvimos juntos os pássaros e o vento nas árvores, que caminhei pelas ruas de mãos dadas contigo e que houve outros momentos que não foram tão felizes (…) mas havia uma luz ao fundo e essa luz indicava o caminho. Enquanto me lembrar estarei vivo e, vivendo, não deixarei morrer quem caminhou comigo, ao longo do caminho.
Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Miguel Sousa Tavares

Sempre Te Amei...

por aspalavrasnuncatedirei, em 18.07.07

 

Imagem Retirada da Internet

 

Sempre te amei sem saber porquê. Não preciso de porquês, é mesmo assim. Mas, mais do que porquês ou razões, adoro olhar para ti e perceber o quanto gostas de mim. Não preciso que mo digas para o saber, e não há segurança maior do que a certeza das coisas que são ditas sem palavras.
 
Espero Por Ti Em Paris, Diana Mendonça & David Marle
 

Falta de Educação nas Estradas Portuguesas

por aspalavrasnuncatedirei, em 16.07.07

 

 

 

Tenho muito orgulho em ser Portuguesa. Acho que vivo num país magnífico, com paisagens fantásticas, praias lindíssimas, serras verdejantes, monumentos magníficos, uma gastronomia deliciosa… enfim poderia a escrever sem parar sobre aquilo que mais aprecio neste pequeno rectângulo à beira mar plantado, mas não é isso que me traz por aqui. Hoje, pelas treze horas, ao ouvir as notícias num canal televisivo, o jornalista anunciou que em apenas quatro horas, cerca de 900 pessoas tinham sido autuadas na cidade de Lisboa por excesso de velocidade. Parece mentira, não parece? Todos nós ouvimos nos últimos dias na comunicação social que a partir de hoje os radares não iriam perdoar e, mesmo assim, os “pés de chumbo” acharam que seriam mais espertos. Confesso que me irritam aqueles automobilistas que não respeitam o código da estrada, que não respeitam regras e acham que elas só existem para lhes complicar a vida. Não percebem que se assim não fosse viveríamos numa selva, e se é isso que querem… mudem-se para lá. Acho uma aberração o número de mortos nas nossas estradas, são uma vergonha nacional num país, dito, evoluído. Gostaria que apreciassem este vídeo que aqui vos deixo, que é mais uma prova de que certos condutores nada vêem para além do seu umbigo, e como tal, são um verdadeiro perigo público. Para refectir…

Via Sacra da Hipocrisia

por aspalavrasnuncatedirei, em 15.07.07

 

Imagem Retirada da Internet

 

Tu odiar-me-ás e eu nada poderei fazer, senão sofrer o teu ódio em silêncio, sofrê-lo na carne, como açoites, dilacerando o meu corpo que foi teu tantas vezes, como nunca foi de mais ninguém. Assim vou vivendo sem ti e sem procurar saber de ti. Mas sei de mim, sei do imenso vazio da tua falta, que nada preenche nem faz esquecer. Sei das horas que continuo a atrasar-me no hospital para não chegar cedo a casa. Sei dos desvios que faço para não te encontrar e não deixar que destruas um pouco mais do que se escaqueirou. Sei do jogo cruel dos casamentos, dos baptizados e do Natal em família, isso a que tu chamas “a via sacra da hipocrisia”, sei das horas sem sentido que deixamos para trás. E que interessa, afinal, saber se sou feliz, assim? Por que perguntas sempre isso, quando me encontras? Por que te satisfaz tão fraca desforra, como se a tua sobrevivência já só se pudesse alimentar da minha impossibilidade de ser feliz. E porque não és tu feliz, então? Tu que tens tudo para isso e que és livre, nada te prende e nada deves a ninguém senão a ti próprio? Por que permaneces amarrado a mim como o último marinheiro de um navio velho que nunca mais navegará e que, em lugar de embarcar noutro barco, noutro destino, permanece grudado na ponte de comando inútil, envelhecido com o seu barco, ressequido e amargo? Vive tu. Vive por nós. Não deixes que eu te destrua. Não me deixes mais esse peso. Naveguei até ao cais onde tenciono ficar e morrer, mas evitei o naufrágio em mar alto e não me deixarei afundar aqui, encostada à terra firme.
Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Miguel Sousa Tavares

Ainda te lembras?

por aspalavrasnuncatedirei, em 12.07.07

 

Imagem Retirada da Internet

 

Ainda te lembras daquele fim de tarde? Daquele em que, exausto, te abandonaste na cadeira de baloiço da varanda e eu, com dons de Fada, decidi libertar-te do cansaço, soltar as amarras de todos os teus problemas e dar uma ordem de despejo a todas as tuas preocupações? A atmosfera era envolvente… o Sol escondia-se timidamente no Horizonte. O Vento afastou-se para não nos incomodar mas emprestou-nos a sua Brisa, suave o suficiente para fazer ondular o meu cabelo e arrefecer o teu corpo suado. Ainda te lembras? Preparei um café (exactamente como gostas… muito forte e muito quente, acertei?), acompanhei-o do teu melhor Whisky e ainda te presenteei com um bombom. Os teus olhos baços lentamente começaram a ganhar brilho e as tuas pestanas interrogativas prenderam-se nos meus movimentos. Estiraste o corpo… saboreaste lentamente cada gota do néctar que te oferecia misturado com as gotas dos meus beijos, numa mistura doce e quente de prazer. Massajei-te lentamente os pés, com os dedos húmidos de creme, deixei que as minhas mãos trilhassem as tuas pernas (desavergonhadamente, ainda te lembras?). Encontrei-te numa manifestação de virilidade e desejo que me fez demorar e prolongar cada movimento para te incendiar de prazer. Deitei-me sobre ti. Olhos nos olhos (sabes que adoro olhar-te nos olhos, ainda te lembras? Desembrulhei o papel do bombom, da mesma forma que me desembrulhei do cetim da camisa de noite e prendi-o, insinuante e sedutora, no meio da minha boca. Lentamente…muito lentamente… deixei que o bombom desenhasse no teu pescoço, no teu peito, na tua barriga, em todo o teu corpo, um fio de desejo e chocolate (e enquanto o bombom derretia em açúcar, nós derretíamos em mel, ainda te lembras?). Trinquei com prazer o bombom e dividi-o contigo num beijo apaixonado. Ainda te lembras?


 

Detalhes

por aspalavrasnuncatedirei, em 11.07.07

 

 Imagem Retirada da Internet

 

 

Não, não tentes apagar-me da tua vida porque durante muito tempo no teu coração, eu vou viver. Aqueles detalhes, tão pequenos e insignificantes de nós dois vão persistir, resistir, porque são coisas muito grandes para esquecer. E a cada passo que deres, nessa tua vida tonta, agitada, vão estar presentes… vais ver. O olhar meigo, o sorriso, as coxas macias e acetinadas, a voz embargada, o corpo, a alma, ou qualquer outra coisa assim, imediatamente, vão fazer-te… lembrar de mim. Calculo que outra mulher deva estar a sussurrar ao teu ouvido, palavras de amor como eu sussurrei, mas eu duvido… duvido que ela tenha tanto amor e até as metáforas do meu português ruim, e em todos esses momentos…vais-te lembrar de mim. À noite, quando a lua e as estrelas entrarem pela janela e envolverem o silêncio do teu quarto, antes de dormir procuras a minha imagem. Mas da moldura não sou eu quem te sorri, apesar disso, ouves as minhas gargalhadas mesmo assim, e tudo isto vai fazer-te… lembrar de mim. Se os dedos de alguém tocarem o teu corpo como eu... não digas nada. Quando a boca que te saborear o sal da pele, não for a minha... nada digas. Cuidado…. para não gemeres o meu nome baixinho, sem querer, à pessoa errada… Pensando que é amor o que sentes nesse instante, desesperado, tentas até o fim… e até nesse momento mágico… vais-te lembrar de mim. Eu sei que todos estes detalhes vão evaporar-se na longa estrada. O tempo tem o dom de transformar um grande amor em quase nada. Mas também é mais um detalhe, uma história de amor como a nossa, não vai morrer assim… por isso, de vez em quando… vais-te lembrar de mim.

 

 

Pensando em Ti

por aspalavrasnuncatedirei, em 09.07.07

 

Imagem Retirada da Internet

 

A madrugada não tem palavras que te impeçam de abandonar o meu amor, e partir. Nem as sombras das nossas silhuetas, desenhadas com lágrimas nas paredes do quarto, têm voz, que te impeçam de virar costas e sair. Deixas em mim, tanto de ti, tanto da tua essência, sempre que vais embora. Matam-me os dias contínuos, em que a alma jaz nesta cama abandonada. Há mil anseios de alma por cumprir, e o relógio não pára e nunca perdoa. Não sei quanto tempo, o tempo nos deu, nem sei dizer porque é que ainda te trago em mim. Sei apenas que é nas asas do Vento que te invento, que te amo, que te recordo. Não sei também o que a estrada da vida nos reserva. Mas sei das ruas por onde me deixei guiar, de olhos vendados, confiante, no calor da tua mão. Sei dos becos secretos, proibidos onde nos perdemos. Sei das coordenadas do mapa que me ensinaste, mapa esse que apresentava as linhas mestras do meu corpo, da minha vida, dos meus sentidos. Mas tenho medo porque o caminho é infinito quando se caminha sozinha e a espera não tem fim. Invento-te num Oceano novo, pleno de liberdade. Navegas à deriva, porque também me queres, fincas as mãos nesse mastro que sou eu e tentas comandar os nossos destinos. Beijas-me nessa réstia de sopro de vida, enquanto a vida nos faz naufragar mesmo a chegar ao porto. E morro… morro porque te perco em cada onda do mar. A cada gaivota traiçoeira que de mim insiste em te levar.
 

Como Farás Amor, Meu Amor?

por aspalavrasnuncatedirei, em 09.07.07

 

Imagem Retirada da Internet

 

 

Não dormes comigo à noite quando eu me volto e torno a voltar na cama, buscando um sono que te apague de mim, que afaste as perguntas que então me devoram «Onde estará ele agora? Estará sozinho em casa, sofrendo por minha causa? Estará acompanhado, dando a outra mulher o que eu já não tenho dele? Como fará ele amor com outra mulher? Como o pode?» Como farás amor, meu amor? Farás como eu faço de olhos fechados, de boca fechada, breve e silenciosamente, como se roubasse uma casa na escuridão da noite? Tentarás como eu substituir a paixão e o excesso pela ternura e pelo consentimento? Com essas a quem chamas amigas, farás amor como um amigo? E, por vezes, farás amor sozinho, como eu faço pensando em ti, descendo a mão devagar, devagar, devagar, com todo o resto da vida à minha frente? E quem dormirá ao teu lado de noite? (…) E que sabes tu do meu sono? Que imaginas tu das minhas noites? Saberás tu que as mais felizes são aquelas em que chego à cama e adormeço, sem sequer me lembrar de ti, nem querer, como na música de Simone “eu não me lembro, nem esqueço – adormeço”. 

 
Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Miguel Sousa Tavares
 

 

 

 

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